quarta-feira, 9 de novembro de 2011
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
BARRO NAS MÃOS DO OLEIRO
Somos um eterno Adam : o que vem do solo. O que somos nós organicamente, a não ser uma composição de água e minérios, ou seja , de terra? O livro do Gênesis diz que Deus formou-nos a partir de uma etapa anterior da Criação: a terra. Fez Adão ...lhe deu o espírito: Ruah... e o ser humano tornou-se ser vivente.... o Espírito, fonte de Vida é a inspiração do homem.... terra que recebe vida, terra que se desenvolve... terra que vive... terra que se multiplica... terra que transmite a vida....
Somos eternamente terra .... da terra viemos.... à terra retornamos, pois ela é nosso primeiro berço histórico.... E Deus é nosso Divino Oleiro. O belíssimo texto de Jeremias capítulo 18 nós traz a experiência deste profeta que é convidado pelo Espírito de Deus a descer a olaria, e lá contemplar como o oleiro trabalhava o barro. E Deus disse a Jeremias: " ...Assim como é a argila nas mãos do oleiro, assim é você nas minhas, casa de Israel..." ( cf. Jer 18,5). Também o profeta Isaías vai rezar: " Javé, tu és nosso pai, nós somos o barro, e tu és o nosso oleiro; todos nós somos obra de tuas mãos" ( Is 64,7).
O processo do crescimento e amadurecimento do ser humano passa por este fantástico modelamento nas mãos de Deus. E Somos modelados em diversos 2 níveis: pessoal e social.
São etapas do barro e da vida humana as alegrias, tristezas, provações, aprovações, reprovações, frustrações, sucessos, fracassos, ganhos e perdas, esperanças e sonhos .... O intessante é saber que barro e humanidade terão sempre uma mão que lhes trabalha. ... mãos do homem e Mãos de Deus....
terça-feira, 1 de setembro de 2009
A DECISÃO É TUA
A DECISÃO É TUA. Dentro das etapas de nosso amadurecimento humano e espiritual, talvez seja esta uma das frases mais doloridas de ser ouvida. Com certeza, o que existe de mais sagrado para Deus é o respeito à liberdade que ele nos concedeu ao criar o ser humano. Bem canta o Pe. Zezinho: A decisão é tua.... é realmente nossa a cada passo, a cada momento, a cada dia.... O nosso Deus é um Deus que não impõe nunca, mas sempre e apenas propõe.... se existe alguém que silenciosamente respeita o nosso direito de decidir é o nosso Deus. Da nossa parte, temos dificuldade de aceitar isto, e compreendemos o porquê. Por que não queremos ser responsáveis por nossos erros. É muito fácil responsabilizar, ou culpar uma outra pessoa e mesmo a Deus por minhas limitações, fracassos e erros. É muito fácil para nós seres humanos ao nos posicionarmos diante da vida, nos colocarmos na condição de vítimas. Um grande erro. Se existe um terrível vilão na nossa vida, esse vilão sou eu mesmo.... é você mesmo..... Ouvindo uma aula sobre a linha de terapia humanística chamada Logoterapia, ou seja, a Terapia do sentido da vida, o professor dizia: " não importa o que fizeram de mim. Importa o que eu faço com o que fizeram de mim!" Achei essa frase de uma sabedoria tremenda. Não importa qual a situação problema que chegou até mim, e que pode me atingir, minha posição precisa ser de reação, e não de vítima, ou simples resignação, omissão, ou estagnação. Sou o grande protagonista da minha vida.... e preciso assumir isto, pois é o GRANDE DOM DADO POR DEUS A NÓS. SOMOS LIVRES, PORTANTO, USEMOS DESTA LIBERDADE, não para fazer apenas o que nos dá na teia, mas também para filtrar e não permitir o toque ou a manipulação do mal em nossa vida. O Evangelho sempre apela para a fé, a confiança, a decisão pessoal. " Eis que estou a porta e bato.... " eis um grande sinal da deligadeza de Deus. Talvez seja uma boa chave de leitura para compreendermos o silêncio de Deus em nossa vida. O que ele pode fazer é mostrar o caminho e dizer que está " conosco todos os dias até os fins dos tempos..." mas não pode decidir por nós. Esta é uma limitação de Deus. Difícil admitir isso de um Deus todo poderoso, mas é preciso compreender que por amor a nós, e isto implica manter o direito à liberdade que ele nos concedeu mesmo nas situações mais estremas, Ele impõe esse limite a si mesmo, e silencia diante das necessidades de escolhas profundas que devem ser nossas, e não dele. É caminho de sabedoria admitir que é assim... sermos profundamente responsáveis por nós mesmos, sabendo que Deus fará tudo o que lhe compete para descobrirmos a profunda verdade de nós mesmos.... sofrerá nossas dores, como já o fez em Jesus Cristo, mas continuará nos respeitando profundamente em nossas decisões. Sejamos sábios de saber escolher bem, conscientemente a cada momento e... Procuremos perceber o caminho que ele nos aconselha..... e ..... pensemos.... e.... rezemos....
Pe. Silvio
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
VOCAÇÃO - TOQUE SAGRADO DE DEUS
O maior erro: o abandono
A raiz de todos os males: o egoísmo
A distração mais bela: o trabalho
A pior derrota: o desânimo
As melhores professores: as crianças
A primeira necessidade: comunicar-se
O que traz felicidade: ser útil aos demais
O pior defeito: o mau humor
A pessoa mais perigosa: a mentirosa
O pior sentimento: o rancor
O presente mais belo: o perdão
o mais imprescindível: o lar
A rota mais rápida: o caminho certo
A sensação mais agradável: a paz interior
A maior proteção efetiva: o sorriso
O maior remédio: o otimismo
A maior satisfação: o dever cumprido
A força mais potente do mundo: a fé
As pessoas mais necessárias: os pais
A mais bela de todas as coisas: O AMOR!!!
Madre Tereza de Calcutá
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
SÃO JOÃO MARIA VIANNEY, PADROEIRO DE TODOS OS PÁROCOS
NÓS PADRES DIOCESANOS, NESTE ANO SACERDOTAL, DE MANEIRA ESPECIAL ESTAMOS BUSCANDO NOS APROFUNDAR NA HISTÓRIA DE VIDA E CARISMA DESTE SANTO TÃO MARCANTE NO SACERDÓCIO CATÓLICO: SÃO JOÃO MARIA VIANNEY. TAMBÉM QUEREMOS DIVULGAR SUA BIOGRAFIA, SEU TESTEMUNHO DE VIDA E SEUS ENSINAMENTOS.
João Maria Vianney nasceu em 8 de maio de 1786 em Dardilly, aldeia a dez quilômetros ao norte de Lyon. Foi o quarto filho do casal Mateus e Maria Vianney, que tiveram 7 filhos.
Desde os quatro anos, ele gostava de freqüentar a Igreja. Quando isso se tornou impossível, pelas perseguições que o Estado desencadeou, ele fazia suas orações habituais, todas as tardes, na casa dos pais.
Quando foi aberta uma escola, Vianney, adolescente a freqüentou durante dois invernos, porque ele trabalhava no campo sempre que o tempo permitia. Foi então que aprendeu a ler, escrever, contar e falar francês, pois em sua casa se falava um dialeto regional.
Foi na escola que se tornou amigo do padre Fournier, e aos poucos foi crescendo nele o desejo de se tornar sacerdote. Foi necessário muita insistência, pois o pai, de forma alguma, desejava dispensar braços fortes de que a terra necessitava.
Aos 20 anos ele seguiu para Écully, na casa de seu tio Humberto. Sabia ler, mas escrevia e falava francês muito mal. Além de aprimorar a língua pátria, precisou aprender latim, pois na época os estudos para o sacerdócio eram feitos em latim, bem assim toda a celebração litúrgica.
Em 28 de maio de 1811, com 25 anos de idade, na catedral Saint-Jean tornou-se clérigo de diocese. Por ter fama de ignorante perante os superiores, foi-lhe confiada a paróquia de Ars-en-Dombes, ou talvez porque lhe conhecessem a grandeza de alma. Em Ars, não havia pobres, só miseráveis.
João Maria Vianney chegou a Ars em uma sexta-feira, 13 de fevereiro de 1818. Veio em uma carroça trazendo alguns móveis e utensílios domésticos, alguns quadros piedosos e seu maior tesouro: sua biblioteca de cerca de trezentos volumes.
Conta-se que encontrou um pequeno pastor a quem pediu que lhe indicasse o caminho. A conversa foi difícil, pois o menino não falava francês e o dialeto de Ars diferia do de Écully. Mas acabaram por se compreenderem.
A tradição narra que o novo pároco teria dito ao garoto: “Tu me mostraste o caminho de Ars: eu te mostrarei o caminho do céu.”Um pequeno monumento de bronze à entrada da aldeia lembra esse encontro.
Ele mesmo preparava suas refeições. Apenas dois pratos: umas vezes, batatas, que punha para secar ao ar livre. Outras vezes, “mata-fomes”, grandes bolos de farinha de trigo escura. Um pouco de pão e água. Era o suficiente. Comia pouco. Quando lhe davam pão branco, trocava pelo escuro e distribuía o primeiro aos pobres.
Dizia: “Tenho um bom físico. Depois de comer não importa o quê e de dormir duas horas, estou pronto para recomeçar.”
O que mais ele valorizava era a caridade e a gentileza. Grandes somas ele dispendia auxiliando os seus paroquianos. Dinheiro que vinha da pequena herança de seu pai, que lhe enviara seu irmão Francisco e de doações de pessoas abastadas, a quem ele sensibilizava pela palavra e dedicação.
Por volta de 1830, era muito grande o afluxo de pessoas que se dirigia a Ars. Os peregrinos não tinham outro objetivo senão ver o pároco e, acima de tudo, poder confessar-se com ele. Para conseguir, esperavam horas…às vezes, a noite inteira.
Esse pároco que dormia o mínimo para atender a todos, madrugada a dentro. Que vivia em extrema pobreza e austeridade, vendendo móveis, roupas e calçados seus para dar a outrem.
Comovia-se com a dor alheia. Quando se punha a ouvir os penitentes que o buscavam, mais de uma vez derramava lágrimas como se estivesse chorando por si próprio. Dizia: “Eu choro o que vocês não choram.”
Tanto trabalho, pouca alimentação e repouso, foram cansando o velho Cura. Ele desejava deixar a paróquia para um pouco de descanso. Mas os homens e mulheres da aldeia fizeram tal coro ao seu redor, que ele resolveu permanecer.
Ele, que em sua juventude, fora ágil, agora andava arrastando os pés. Nos dias de inverno, sentia muito frio. Em 1859, numa quinta feira do mês de agosto, dia 4, às duas da madrugada, ele morreu tranqüilamente. Dois dias antes, já bastante debilitado fora visto a chorar. Perguntaram-lhe se estava muito cansado. “Oh, não”, respondeu. “Choro pensando na grande bondade de Nosso Senhor em vir visitar-nos nos últimos momentos.”
Por ocasião do centenário da sua morte, em 1959, o Papa João XXIII promulgou a Carta Encíclica Sacerdotii Nostri Primordia realçando a suas virtudes e relembrando o seu exemplo principalmente para os sacerdotes da Igreja Católica.
Dele disse João XXIII: “Por último, resta-nos evocar na vida de s. João Maria Vianney este aspecto do ministério pastoral, que para ele, durante muitos anos de sua vida, foi como um longo martírio e fica para sempre ligado à sua memória: a administração do sacramento da penitência, que dele recebeu singular brilho e produziu os mais abundantes e salutares frutos. “Em média, cada dia, passava quinze horas no confessionário. Este labor cotidiano começava de madrugada e só acabava à noite”. E quando caiu esgotado, cinco dias antes de morrer, os últimos penitentes aglomeravam-se à cabeceira do moribundo. Calculou-se que no final da vida, o número anual dos peregrinos atingisse oitenta mil.” (op. cit.)
“Dificilmente se podem imaginar as contrariedades e os sofrimentos físicos destas intermináveis horas no confessionário, para um homem já esgotado pelos jejuns, macerações, enfermidades, e falta de sono… Mas, acima de tudo, ele sentia-se como moralmente esmagado pela dor. Escutai a sua lamentação: “Ofende-se tanto a Deus, que quase nos sentimos tentados a pedir o fim do mundo!..É preciso vir a Ars para se saber o que é o pecado e a sua multidão quase infinita… Não se sabe o que se deve fazer: só se pode chorar e rezar”. O santo esquecia-se de acrescentar que tomava também sobre si uma parte da expiação: “Pela minha parte – contava ele a quem lhe pedia conselho – dou-lhes uma penitência pequena e o resto faço-a eu por eles“.” (op. cit.)
Fonte: Joulin, Marc. João Maria Vianney, o Cura d’Ars. PAULINAS, 1990
DESTACAM-SE SEUS ESCRITOS SOBRE O GRANDE AMOR QUE TINHA AO SACERDÓCIO. EIS ALGUMAS FRASES CÉLEBRES.
1)- "Se tivéssemos fé, veríamos Deus oculto no sacerdote, como a luz por trás da vidraça, como vinho misturado na água."
2)"Devemos considerar o padre quando está no altar e no púlpito como se fosse o próprio Deus"
3)"Oh! como o sacerdote é algo sublime! Se ele se apercebesse morreria... Deus lhe obedece: diz duas palavras e Nosso Senhor desce do céu."
4)"Se não tivéssemos o sacramento da Ordem, não teríamos Nosso Senhor. Quem o colocou no tabernáculo? O padre. Quem foi que recebeu nossa alma à entrada da vida? O padre. Quem a alimenta para lhe dar força de fazer sua peregrinação? O padre.
5)"Quem a preparará para comparecer perante Deus, lavando a alma pela última vez no sangue de Jesus Cristo? O padre, sempre o padre. E se alma vier a morrer, quem a ressuscitará, quem lhe dará a calma e a paz? Ainda o padre."
6)"O Sacerdote não é para si, mas para vós...
7)"Quem recebeu vossa alma à sua entrada na vida? É o sacerdote. - Quem a sustenta para dar-lhe a força de fazer sua peregrinação? O sacerdote. - Quem há de prepará-la para se apresentar diante de Deus, purificando-a pela última vez no sangue de Jesus Cristo? O sacerdote, sempre o sacerdote. -
8)"E se a alma morrer quem há de ressuscitá-la? Ainda o sacerdote. - Não há benefício alguma de que vos lembreis sem ver logo ao lado desta recordação a figura do sacerdote. - O sacerdote tem as chaves dos tesouros celestiais; é o procurador de Deus, é o ministrador de seus bens."
9)"Só no céu compreenderemos a felicidade de poder celebrar a Missa."
10)"O padre não é para si. Não dá a si a absolvição. Não administra a si os sacramentos. Ele não é para si, é para vós."
11)"Se um padre vier a morrer em conseqüência dos trabalhos e sofrimentos suportados pela glória de Deus e a salvação das almas não seria nada mal."
12)"O Sacerdote só será bem compreendido no céu... Se o compreendêssemos na terra, morreríamos, não de pavor, mas de amor."
13)"Se não fosse o padre, a morte e a Paixão de Nosso Senhor de nada serviriam."
14)"O Sacerdote é o amor do Coração de Jesus. Quando virdes o padre, pensai em Nosso Senhor Jesus Cristo."